O último dia de aula abordou o tema psicodinâmica do trabalho, apresentado pelo Juiz paranaense Leonardo Vieira Wandelli, que também é membro do CONEMATRA (Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho).
E assim treze Magistrados trabalhistas concluíram o XXVIII curso de formação inicial concebido pela Escola Judicial da 15ª (iniciado em novembro passado), que também teve um módulo realizado no Tribunal Superior do Trabalho.
Na despedida, os juízes – e alunos – foram saudados no auditório da EJUD 15 pelos Desembargadores Vice-Presidente Administrativo, Helena Rosa Mônaco da Silva Lins Coelho (que representou o Desembargador Presidente, Fernando Borges, ausente por compromissos inadiáveis), Corregedor Regional, Samuel Hugo Lima, Vice-Corregedora Regional, Susana Graciela Santiso, Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa (representando a direção da Escola), Vice-Ouvidor Regional, Edison dos Santos Pelegrini e pelo Presidente da AMATRA XV, Juiz Luís Rodrigo Fernandes Braga. Assistiram à breve cerimônia, também, os Juízes auxiliares Mauro Cesar Luna Rossi (da Vice Presidência Administrativa) e Renato Henry Sant'anna (da Vice Presidência Judicial) e Firmino Alves Lima (titular da 1ª VT de Sorocaba).
A Desembargadora Maria Inês trouxe a poesia de Milton Nascimento e Fernando Pessoa para falar de "chegar e partir", naquele "momento de grande alegria e muita emoção". Ela disse à jovem plateia que os formandos saíam dali "com a missão de se tornarem grandes magistrados, depois de estudarem muito, devendo manter a formação continuada e exercitar chegadas e partidas em cada designação, na qual devem ingressar com um bom olhar"; Targa estava emocionada e parabenizou a todos.
A Juíza Ananda Tostes Isoni, uma das formadas, agradeceu a presença de todos e a acolhida do Tribunal, sobre a qual "não imaginou melhor recepção"; ressaltou a qualidade do curso e a experiência e competência de professores "escolhidos a dedo".
O Juiz Luis Rodrigo Braga disse que os novos colegas "são preparadíssimos e serão brilhantes, comprometidos para transformar o mundo, sinalizando à sociedade como deve ser a melhor relação entre empregados e empregadores".
O Corregedor Samuel Hugo Lima relembrou o olhar daqueles juízes desde a posse até o encerramento do curso, que transitou entre "alegria, deslumbramento e assustado", testemunhando que os formados "estavam mais maduros". Samuel contou sobre um colega que, percorrendo toda a carreira judicante, falava de um "frio na barriga" em todas as novas etapas, até que voltou ao Tribunal e não teve mais a sensação, aposentando-se: "Não percam o frio na barriga. O cidadão não precisa de um juiz burocrata e sim de um juiz antenado. Sejam felizes, a Corregedoria estará aqui para ajudar, coordenar e orientar sempre".
Por último, falou a Desembargadora Helena Rosa. Começou por expressar sua honra por estar ali, representando o Presidente e participando de um marco a partir do qual os formados "serão juízes de verdade, com poder e responsabilidades", dentro de um curso que confirmava um "trabalho notável da Escola". A Vice-Presidente Administrativo elencou pontos que considerou importantes transmitir aos novos colegas.
Refletiu sobre humildade ("estamos aqui para servir, num eterno aprendizado, aprendendo e ensinando; cuidado para que o poder não se transforme em soberba e arrogância"), comprometimento e dedicação ("os senhores estarão fazendo o melhor, estudaram por anos, mas isso não termina aqui e é necessário conservar essa chama, fé e coragem"), responsabilidade ("vidas de muitas pessoas estarão em suas mãos e essa responsabilidade deve ser pensada num sentido mais amplo"), ética ("temos que guiar nossa vida pelo que é certo e correto. Ética traz ideia de união, então ela junta as pessoas e sua falta é desagregação que põe em risco a humanidade"), equilíbrio, bom senso e sensibilidade ("ser sensível é ter um olhar diferente"), fraternidade ("o bom tratamento entre as pessoas, que será exercido no dia a dia; sejam amigos entre vocês mas procurem ser dos outros também"). Helena Rosa terminou por citar o sentimento de gratidão, "aquele que mais abarca todos os outros. Devemos agradecer por tudo que somos, temos e recebemos, inclusive quando as coisas não dão certo, pois isso representará um aprendizado". A Vice administrativo desejou felicidades a todos. "Que Deus os cubra de graças" e declarou o final da sessão.
*Notícia originalmente publicada no site do TRT-15