O juiz do trabalho substituto Aparecido Batista Oliveira, em atuação na 1ª Vara do Trabalho de Campinas, julgou improcedente ação movida pelo ex-presidente do Sindicato dos Condutores Rodoviários e Anexos de Campinas e Região, Matusalém de Lima, e por mais dois sindicalistas, Gabriel Francisco de Souza e Izael Soares de Almeida, em que pretendiam retomar a direção da entidade. Os ex-dirigentes deixaram seus cargos depois de serem acusados de envolvimento em um esquema de extorsão denunciado pelo Ministério Público. A Promotoria acusa os sindicalistas da entidade pelos crimes de formação de quadrilha e extorsão qualificada. O advogado de defesa dos três anunciou que vai recorrer da decisão.
A vítima do esquema denunciado pelo MP foi a Master Saúde Assistência Médica. No início de março, a advogada Kátia Gomide, o marido dela, o assessor sindical Marcos Cará, e Gabriel Souza foram flagrados pelo MP extorquindo dinheiro da empresa e foram presos. Dois dias depois, a polícia também prendeu Matusalém. Na época, eles ameaçavam deflagrar uma greve no transporte público se a empresa responsável pelo plano de saúde não lhes pagasse R$ 600 mil — dinheiro correspondente a uma prestação de cada um dos contratos fechados da Master Saúde com a Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc), entidade que reúne as concessionárias do transporte público na cidade. O flagrante foi gravado pela polícia.
No mesmo dia em que Matusalém foi preso, a polícia encontrou em sua casa R$ 200 mil em dinheiro e um carro avaliado em R$ 60 mil. Em depoimento, o sindicalista admitiu ter um salário de R$ 1,2 mil.
Fonte: Agência Anhangüera